Recebo com entusiasmo a notícia de que foram liberados os R$ 20 milhões para a construção do Teatro da Ospa. Estava se tornando insuportável essa espera. É inadmissível que uma orquestra da grandeza da Ospa não tivesse ainda uma sede própria nem ao menos para ensaiar.
É memorável a frase de Érico Veríssimo sobre a sinfônica da capital. Em entrevista, pediram que o escritor falasse sobre sua cidade e ele respondeu com orgulho: "minha cidade tem uma orquestra sinfônica". A afirmação abre os olhos daqueles que não dão o devido valor a esses músicos eruditos tão importantes para a cultura de Porto Alegre.
Foi lastimável que, 2012, o aclamado maestro Isaac Karabtchevsky tenha deixado a direção e regência da nossa sinfônica em razão da falta de sede própria. Esse fato foi um dos determinantes para que, enfim, os responsáveis percebessem a necessidade de construção da casa. Adiciona-se a isso a indicação de Assis Brasil para secretário da Cultura. O escritor que já havia sido músico da Ospa entrou com força nessa luta. Neste ano e meio que está á frente da pasta, mexeu os pauzinhos para garantir e edificação do espaço para a orquestra. Aproveitando a onda de investimentos da presidente Dilma no Rio Grande do Sul, Assis Brasil garantiu verba para tocar a obra. A vitória é mérito também do presidente da fundação da Ospa, Ivo Nesralla, que há anos está nessa batalha pela sede própria.
Ainda vai demorar, mas só a garantia de que a nossa orquestra sinfônica terá uma casa definitiva é uma vitória gigantesca para a cultura porto alegrense.
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