Confira, nesta série, a história daquelas pessoas que emprestaram seu nome para batizar as ruas do centro de Porto Alegre
Em uma época em que o jornalismo partidário predominava no Rio Grande do Sul, Francisco Antônio Vieira Caldas Júnior (n.1868) fundou o independente Correio do Povo. O ano era 1895 e o jovem botava em prática a ideia de fazer jornalismo com isenção partidária. Inaugurou, com isso, a imprensa informativa-empresarial. Não demorou para que o Correio se tornasse a maior publicação do Rio Grande do Sul. Já em 1899 era o jornal de maior circulação do estado.
Embora não gostasse dos castilhistas, Caldas Júnior suportou as criticas do governo, por meio do jornal oficial A Federação e não respondeu as hostilidades verbais. Foi cogitado, inclusive, a candidato da oposição no pleito de 1912 para a prefeitura de Porto Alegre. Mas recusou-se e José Montaury reelegeu-se sem adversários mais uma vez.
Em 1913, com o seu jornal consolidado, tomou um remédio que prometia renovar o sangue. Vítima de uma overdose, morreu. Seu legado foi seguido, primeiro, pela viúva, Dolores Alcaraz Caldas, depois, pelo filho Breno, que transformou a empresa numa das maiores potências jornalísticas do Brasil.
Fonte: Um século de poder: os bastidores da Caldas Júnior, de Walter Galvani.
Próximos da série:
XLII - Otávio Rocha
XLIII - Loureiro da Silva
XLIV (último) - Andradas
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