sexta-feira, 29 de junho de 2012

José do Patrocínio

Ruas de Porto Alegre: nomes e personagens XXXV
Confira, nesta série, a história daquelas pessoas que emprestaram seu nome para batizar as ruas do centro de Porto Alegre

Formado em Medicina com ênfase em Farmácia, em 1874, José Carlos do Patrocínio 
(n.1853, em Campos, RJ) exerceu pouco a profissão. A razão disso foi a paixão por 
outra atividade igualmente desafiadora: o jornalismo. Abolicionista convicto, viu 
nas letras uma forma de levar sua bandeira. Principiou a carreira no quinzenário 
satírico Os Ferrões, mas logo começou a escrever para a Gazeta de Notícias.

Ingressou, em 1881, na Gazeta da Tarde e logo se tornou proprietário dessa folha. 
Escreveu seu primeiro romance Pedro Espanhol e publicou-o em 1884. Na literatura, 
ainda escreveu Mota Coqueiro ou a Pena de Morte e Os Retirantes e fundou a cadeira 
número 21 da Academia Brasileira de Letras. Quando deixou a Gazeta da Tarde, em 
1887, fundou A Cidade do Rio. Homem que importou o primeiro automóvel para o 
Brasil, José do Patrocínio morreu em 1905, durante um discurso de homenagem a 
Santos Dumont.

Fonte: Wikipédia e academia.org.br (site da ABL)

Próximos da série:
    XXXVI - General Vitorino
  XXXVII - Sarmento Leite 
XXXVIII - Jerônimo Coelho

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Sepúlveda

Ruas de Porto Alegre: nomes e personagens XXXIV
Confira, nesta série, a história daquelas pessoas que emprestaram seu nome para batizar as ruas do centro de Porto Alegre

Ao por os pés em território rio-grandense, José Marcelino de Figueiredo teve que lutar contra os espanhóis e demarcar a fronteira sul da colônia. Logo, em 1769, foi alçado ao cargo de governador da capitania de Continente do Rio Grande. Perdeu o cargo dois anos depois, em razão das confusões que causava. Não demorou, todavia, para voltar e 1773 assumiu novamente o cargo. Entre suas principais realizações, destaca-se a transferência da capital de Viamão para Porto Alegre. 

Depois de diversos atritos, principalmente com a Câmara Municipal, voltou para o 
Rio, em 1780. José Marcelino nasceu em Bragança, Portugal, em 1735 e seu nome de batismo era Manuel de Sepúlveda. Sua fama de ‘cabeça quente’ foi provada logo que principiou a carreira militar. Após discutir com um colega, assassinou-o e foi condenado com pena de morte. Livrou-se, entretanto, da sentença. Em troca, teve que fugir para o Brasil e trocar de nome. Não permaneceu muito tempo no Rio, sendo logo mandado para o sul. No retorno, morou no Rio por três anos. Conseguiu, em 1783, finalmente, a licença  para voltar a Portugal e poder utilizar seu verdadeiro nome. Morreu em 1814.




Fonte: revistadehistória.com.br

Próximos da série:
    XXXV - José do Patrocínio
  XXXVI - General Vitorino
XXXVII - Sarmento Leite

terça-feira, 26 de junho de 2012



A fuga do Cavaco

Em 1912, o jornalista Carlos Cavaco envolveu-se com Leonor, menor de idade e filha do conhecido major João Príncipe. O caso ganhou dimensão maior quando, certo dia, coincidentemente, tanto Cavaco quanto a menina sumiram. O acontecimento teve grande repercussão na provinciana Porto Alegre e a busca mobilizou um pelotão da Brigada, comandado por Chico Flores. 


Foi utilizado, na ocasião, uma cão farejador para auxiliar na busca. Cavaco, todavia, espalhou pó-de-mico em volta do local em que estava escondido para despistar o cachorro. Mesmo assim, f
oi encontrado na copa de uma pitangueira, na casa de um amigo. 

O sedutor foi condenado a um ano e dois meses de prisão, decisão que não mudou mesmo após a menina ter enviado carta revelando que havia fugido com outra pessoa. 

domingo, 24 de junho de 2012

A Maçonaria teve papel fundamental na Revolução Farroupilha. No documentário História Secreta do Rio Grande do Sul, é explicado como aconteceu essa participação.



sexta-feira, 22 de junho de 2012

Pinto Bandeira


Ruas de Porto Alegre: nomes e personagens XXXIII
Confira, nesta série, a história daquelas pessoas que emprestaram seu nome para batizar as ruas do centro de Porto Alegre


O desenho dos mapas do Rio Grande e Brasil tiveram, na fronteira com Argentina e Uruguai, grande influência do Brigadeiro Rafael Pinto Bandeira. Não que esse ícone da história gaúcha fosse cartógrafo. Mas, sob o seu comando, que o exército português venceu diversas disputas territoriais contra a Espanha, no século 18. Com habilidade militar e conhecimento pericial da localidade, Pinto Bandeira pode ser considerado o principal responsável por assegurar, em favor do brasileiro, as terras que hoje formam o Rio Grande do Sul.

Nascido em Rio Grande, em 1740, Pinto Bandeira começou sua carreira militar ainda na juventude. A vivência no meio tornou-o profundo conhecedor de táticas militares, no mesmo passo que se tornou intimo de cada palmo do território gaúcho, elevando-o a chefia do exército rio-grandense. No governo de José Marcelino de Figueiredo, Pinto Bandeira foi afastado da chefia militar no Rio Grande do Sul, depois de desentendimentos com o governador. Quando Figueiredo deixou o cargo, o Brigadeiro foi reconduzido à chefia das armas gaúcha, cargo que ocupou até sua morte, em 1795.


Fonte: Wikipédia e 
Rafael Pinto Bandeira, por Walter Spalding (no livro Construtores do Rio Grande, Sulina, 1969) publicado na paginadogaucho.com.br.


Próximos da série:
XXXIV - Sepúlveda
  XXXV - José do Patrocínio
XXXVI - General Vitorino

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Solar Lopo Gonçalves


A Casa da Magnólia

O Solar era chamado de Casa da Magnólia devido ao
exemplar dessa árvore existente no jardim.
Foto de Ricardo André Frantz (via Wikipédia)
Em meio aos badalados pubs da Cidade Baixa, destaca-se o antigo casarão em estilo português colonial que abriga o Museu Municipal Joaquim José Felizardo. A edificação, também conhecida como Solar Lopo Gonçalves, está de pé desde o tempo em que o arroio Dilúvio corria junto a atual rua João Alfredo. Construído por ordem do vereador e comerciante Lopo Gonçalves, provavelmente ente 1845 e 1855, para servir de sede para sua propriedade rural.

A parte inferior da casa teria servido de abrigo para os escravos e a parte superior de residência da família de Lopo. A área da chácara era de aproximadamente 91 por 227 metros e ia até a atual rua Lima e Silva. Com o crescimento da cidade, ficou inviável manter uma chácara naquela localidade e a propriedade foi reduzida gradativamente.

Em 1946, o solar foi adquirido por José Albano Volkmer, que instalou no local uma fábrica de velas. Vinte anos depois o Serviço de Assistência e Seguro Social dos Economiários (Sasse) adquiriu a propriedade. Na ocasião, o casarão correu risco de ser demolido, uma vez que a instituição queria construir um conjunto residencial no local. O Conselho do Plano Diretor indeferiu a solicitação e iniciou-se uma negociação com a prefeitura. O solar foi tombado em 1979 e no ano seguinte começou sua restauração. Em 1982, o Museu Joaquim José Felizardo foi transferido para o local.

 
Lopo Gonçalves

Nascido em Braga (Portugal) em 1800, Lopo Gonçalves Bastos atuou na política e comércio de Porto Alegre. Sabe-se que em 1827 já estava estabelecido na capital, onde mantinha embarcações de carga, uma loja de fazendas e um armazém. Foi vereador entre 1833 e 1849. Também foi membro benemérito da Santa Casa de Misericórdia e da Ordem Terceira – que administrava a Igreja das Dores.

Fontes: 
Wikipédia; 
Museu de Porto Alegre Joaquim José Felizardo Transformações urbanas: Porto Alegre de Montaury a Loureiro / Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo. – Porto Alegre: Secretaria Municipal da Cultura: IEL, 2008.
Solar Lopo Gonçalves, documento disponível no site da prefeitura.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

General Canabarro


Ruas de Porto Alegre: nomes e personagens XXXI
Confira, nesta série, a história daquelas pessoas que emprestaram seu nome para batizar as ruas do centro de Porto Alegre

Há quem diga que David Canabarro traiu os Farroupilhas na batalha de Porongos durante a revolução. Tal acusação, no entanto, jamais foi provada. Dentro desse contexto, o general pode ser considerado o bode expiatório para o insucesso dos republicanos na Revolução Farroupilha. Tendo aderido à causa revoltosa tardiamente, Canabarro logo se tornou um dos principais líderes do movimento. Destacou-se na articulação do tratado de paz com Rio de Janeiro.

Nascido em Taquari, em 1796, David José Martins, também lutou, mas defendendo o 
Império, na Primeira Campanha Cisplatina, nas Guerras contra Rosas e Aguirre e, ainda, na Guerra do Paraguai.

Próximos da série:
XXXIII - Pinto Bandeira
 XXXIV - Sepúlveda
   XXXV - José do Patrocínio

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Engenheiro Luiz Englert

Ruas de Porto Alegre: nomes e personagens XXXI
Confira, nesta série, a história daquelas pessoas que emprestaram seu nome para batizar as ruas do centro de Porto Alegre

Celebrado no mundo acadêmico, Luiz Englert teve seu nome escrito na história pela dedicação ao magistério. Começou no ensino em 1909, ao ser nomeado professor da recém criada Escola de Engenharia de Porto Alegre. Na instituição, desenvolveu diversos projetos, sendo pioneiro no estudo de Química, Minerologia e Geologia. O trabalho lhe garantiu o título de membro vitalício do conselho universitário da Ufrgs.

Nascido em São Leopoldo, em 1861, Englert formou-se engenharia civil e de minas em 
Lousain, na Bélgica, em 1884.  Como engenheiro trabalhou na implantação das primeiras linhas férreas no estado. Homem de múltiplas atividades e interesses, integrou a diretoria da Comunidade São José e teve papel destacado na pacificação dos conflitos entre alemães e brasileiros durante a Primeira Guerra Mundial. Na política, atuou como constituinte, em 1891, elegendo-se, depois, deputado estadual, pelo PRR. O engenheiro morreu em 1931, em Porto Alegre.

Fontes: http://www.museumin.ufrgs.br/porEnglert e Z
ero Hora, Almanaque Gaúcho, em 30 de agosto de 2011.


Próximos da série:
  XXXII - General Canabarro
XXXIII - Pinto Bandeira
 XXXIV - Sepúlveda

domingo, 10 de junho de 2012

Choro composto em um bonde

O músico porto alegrense compôs um choro enquanto viajava em um bonde. A música chama-se "Em um bonde" ou "Choro composto em um bonde", conforme conta este vídeo da TV Carris, que ainda mostra diversas imagens de bondes de Porto Alegre.




sexta-feira, 8 de junho de 2012

Washington Luís


Ruas de Porto Alegre: nomes e personagens XXX
Confira, nesta série, a história daquelas pessoas que emprestaram seu nome para batizar as ruas do centro de Porto Alegre


Historiador que recuperou e publicou documentos antigos do Arquivo Nacional, Washington Luís teve a chance de gravar seu nome na história do Brasil pelas realizações durante seus quatro anos como presidente da república. Deixou escapar essa oportunidade no final do seu mandato. A indicação de um paulista como seu sucessor foi seu maior erro. Erro que, para a história, é uma sombra projetada sobre as benfeitorias que fez enquanto presidente. Como se não bastasse, o erro foi crucial para que a faixa presidencial fosse parar no peito do seu - a partir de então - rival, Getúlio Vargas.

A política de Café com Leite regia a escolha de presidente durante a República Velha. Num mandato o presidente era de Minas no outro era de paulista. Ao final do seu mandato Washington Luís, que fizera a carreira política em São Paulo, deveria indicar um mineiro para concorrer na eleição seguinte. A indicação do paulista Júlio Prestes revoltou os mineiros, que se uniram aos Gaúchos e Paraibanos, para tentar derrubar Luís. Como não o conseguiram nas urnas, partiram para a Revolução (de 1930) e, aí sim, saíram vitoriosos, derrubando Luís do poder.

Nascido em Macaé (RJ), em 1869, Washington Luís Pereira de Souza formou-se em Direito pela Faculdade de São Paulo em 1891. Após ter sido vereador e prefeito da cidade de Batatais, foi deputado estadual (1904-1906), secretário estadual de Justiça (1906-1912), prefeito de São Paulo (1914-1919), governador (1920-1924) e senador (1924-1926). Depois do golpe morou nos Eua e Europa. Voltou para o Brasil em 1947 e morreu dez anos mais tarde, em São Paulo.


Próximos da série:
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  XXXII - General Canabarro
XXXIII - Pinto Bandeira

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Professor Annes Dias

Ruas de Porto Alegre: nomes e personagens XXVIV
Confira, nesta série, a história daquelas pessoas que emprestaram seu nome para batizar as ruas do centro de Porto Alegre


O respeito e credibilidade atingindo pelo professor Heitor Annes Dias (n.1884, em Cruz Alta) pode ser ilustrado por um episódio ocorrido em 1918. Na ocasião, o catedrático da cadeira de Clinica Médica da Faculdade de Medicina de Porto Alegre, Luiz Masson, havia falecido e Annes Dias assumiu interinamente o posto. O concurso para o preenchimento definitivo da vaga foi vencido por Tomaz Mariante. O medico, entretanto, renunciou à vaga em favor de Annes Dias, que recentemente havia se especializado na Europa.

Annes Dias formou-se cedo em Medicina e já aos 21 anos exercia a profissão. Permaneceu dois anos clinicando na sua cidade natal. Em 1908, voltou a Porto Alegre e iniciou sua atuação no mundo acadêmico. Na ocasião, passou em concurso público e assumiu a cátedra de Medicina Legal e Taxicologia da Faculdade de Direito. Em 1933, foi eleito deputado federal. Morreu em 1943, no Rio.


Fonte: Wikipédia e academiademedicinars.com.br



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XXXII - General Canabarro