De olho na garrafa
No início do século XX, a música porto alegrense contou o com o talento
de Arthur Elsner. O percussionista cego tinha que compensar a falta de visão e,
por meio da música, desenvolveu aguçada sensibilidade da audição. Contam que,
nos bailes, sempre surgia um malandro que tomava a cerveja de Arthur enquanto
ele tocava. O músico, no entanto, tinha uma técnica para conferir se era
ludibriado. Ele estalava o dedo no gargalo da garrafa cheia e ouvia uma nota
musical, quando ele estalava o dedo no gargalo da garrafa pela metade, ouvia
outra nota e sabia que haviam roubado a bebida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário