O texto de estreia
A partir destas linhas, corto a fita deste novo espaço. Não é de hoje que os amigos me questionam sobre a possibilidade de eu escrever em um blog. Freqüentemente, quando o assunto recai sobre a profissão, me indagam “mas coooomo, tu és jornalista e não tem um blóóógui?”, ou me aconselham “tu tens que ter um blog, cara, tu és jornalista”. De quando em vez refletia “realmente, preciso urgentemente criar um blog para mostrar meu trabalho”. Mas não. Os dias passaram, as perguntas sobre o assunto me perseguiam e não tinha jeito de eu dispensar alguns instantes para criar essa ferramenta e programar mais alguns minutos do dia para atualizá-la.
Também preferia não ter em mãos um veículo que apresentasse apenas textos duros de opinião. Da mesma forma que não queria publicar apenas notinhas copidescadas da rede. Por isso não dei antes esse passo que estou dando agora.
Em verdade, não sou jornalista, como meus amigos afirmam. Sou um aprendiz dessa profissão que Gabriel Garcia Márquez considera ser a melhor do mundo. Sou um estudante em busca de saber como se exerce o jornalismo. Aprendendo com a ajuda dos professores, chefes e colegas e também com os próprios erros. A proximidade da conclusão do curso me deixa mais disposto a escrever e publicar sem o carimbo de um editor experiente. Algo que só a internet permite.
Certamente publicarei muitos textos de opinião e notas copidescadas da internet, como falei acima. Mas também trarei reportagens, entrevistas, fotos e curiosidades dentro ou fora da pauta do momento. Talvez o jornalismo formal não seja o forte desse blog. Quem sabe até me aventuro na literatura. Não, não se preocupem, não inventarei notícias. Se algum dia acordar com inspiração para imitar Machado de Assis, explicitarei que se tratam de devaneios da minha ignóbil mente. Bem, me estendi bastante. Espero não ser sempre assim: chato e demorado. Comecei mal. Com o tempo eu acerto.
Ilustração: 1.bp.blogspot.com
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