quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Origem da Ufrgs

Primeiras faculdades do RS


As primeiras instituições de ensino superior no Rio Grande do Sul surgiram em 1895, em Porto Alegre. Eram as faculdades de Farmácia e Química (na foto, a sede localizada na avenida João Pessoa). Um ano mais tarde foi implantada a Engenharia. Em seguida, foram abertas os cursos de Medicina e Direito, em 1898 e 1900, respectivamente. Essas cinco faculdades iriam, no futuro, dar origem a atual Ufrgs.

Mas antes disso, em 1934, os cursos se inetgraram, formando a Faculdade de Porto Alegre. No período desse integração existiam a Escola de Engenharia (com os Institutos de Astronomia, Eletrotécnica e Química Industrial), a Faculdade de Medicina (com as Escolas de Odontologia e Farmácia), a Faculdade de Direito (com a Escola de Comércio), a Faculdade de Agronomia e Veterinária, a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras e o Instituto de Belas Artes.

Outra grande transformação aconteceu em 1947, quando a instituição passou a ser chamada de Universidade do Rio Grande do Sul, Urgs. Na ocasião foram anexadas as faculdades de Direito e de Odontologia de Pelotas e a faculdade de Farmácia de Santa Maria, que posteriormente foram desitegradas, com a criação das universidades federais de Pelotas e Santa Maria.

Em 1950 a universidade passou a ser administrada pelo governo federal, sendo chamada de Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Ufrgs.



Fonte e foto: ufrgs.br

Dica de leitura

História, religião e simbologia

A febre Dan Brown está de volta. Depois da estreia do filme Anjos e Demônios, baseado no livro do autor, é a vez de outra trama ganhar destaque. The Lost Symbol (O símbolo perdido), recém lançado nos Estados Unidos, promete ganhar uma versão em português até o final do ano.

Enquanto o livro não chega no mercado brasileiro, os fãs de Brown podem se deliciar com um outro velho autor do gênero: Umberto Eco. O italiano escreveu O Nome da Rosa, lançado em 1980. Assim como os livros de Brawn, a obra também ganhou versão hollywoodiana, com Sean Connery encarnando o papel principal, em 1986.

Recentemente, O Nome da Rosa ganhou nova edição, pela editora Record. Para quem gosta de história medieval, o livro é leitura obrigatória.

Leia a sinopse no site da Record

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Igreja das Dores

Porto Alegre ganha museu sacro

Um dos principais pontos turísticos da Capital, a Igreja Nossa Senhora das Dores ganhará um atrativo a mais. É o Museu de Arte Sacra, que funcionará numa antiga capela lateral do templo. No local, serão expostos artigos religiosos, que ao longo dos anos foram preservados pela igreja. Trajes de padres, estandartes, incensórios e cálices são algumas das mais 500 peças que o acervo já conta.
Segundo a responsável pelo acervo da Igreja Nossa Senhora das Dores, Ana Maria Bossle, ainda não tem data definida para iniciar o funcionamento do museu. Mas a museologa estima que o local destinado a exposição (nas fotos) será preparado para receber as peças quando as obras que estão em andamento terminarem, no início do próximo ano. Um valor, ainda não estipulado, será cobrado dos visitantes para garantir a manutenção do espaço.
Fotos: Mayara dos Santos

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Feira do Livro

Vício saudável


No início da semana estava andando pela Rua da Praia, na altura da Praça da Alfândega, quando vi alguns operários montando umas estruturas de ferro. Perguntei para um deles o que era aquilo, se teria algum evento.
– Feira do Livro, amigo – me respondeu.
Mas jááá???, pensei. Estamos em setembro, falta mais de um mês. É, já estão montando os toldos para abrigar a feira.

Azar meu. Na última edição, prometi para mim mesmo que faria um pequeno fundo para gastar na feira deste ano. Mas ficou só na promessa. Sei que meu lado consumista se manifestará fervorosamente. Ou me contenho ou fecho o mês no vermelho.

É uma parcela mínima da sociedade que tem esse vício. Se 1,4 milhão de porto alegrenses tivesse vontade e poder aquisitivo de devorar os livros, talvez teríamos a campanha
Livro, nem pensar.
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O patrono da Feira do Livro, que estará aberta entre 30 de outubro e 15 de novembro, foi escolhido nesta quarta, 23. O jornalista e escritor Carlos Urbim tocará a sineta de abertura e encerramento no lugar de Charles Kiefer, patrono em 2008.

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Imagem: Arte sobre foto do Clic RBS

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Opinião

Professora x aluno pichador

Quem está certo, aquele que não respeita o patrimônio público ou aquele que, enfurecido com tal depredação, pune o vândalo por conta própria?

A professora de Viamão que impôs limite aos atos de vandalismo contra o patrimônio público fez o que o sistema judiciário sempre deveria fazer e não faz. O menino que, após um mutirão para pintar a escola, pichou as paredes do local não pode ficar impune. Esse foi o pensamento da educadora que o fez lavar e pintar as paredes danificadas.


Justiça e educação
É velho ditado que diz “meu filho apanha em casa de mim, para não apanhar da Brigada na rua”. Com adaptações, serve para o caso. A educação frouxa e preguiçosa, que os pais deram ao menino, tiveram que ser reensinadas a ele na rua, pela professora. A sociedade está cansada da falta de educação familiar e de depender nas ridículas e antiquadas leis do legislativo e da forma como elas são aplicadas (ou deixadas de ser aplicadas) pelo judiciário.

Mídia
Terça, as reportagens tinham um tom de revolta contra ato da professora. Quarta, ouviu-se os dois lados. Hoje, depois das muitas manifestações em favor da professora, as reportagens mostraram o menino como um malfeitor. Merece destaque o editorial de Zero Hora (clique aqui para ler o artigo), que julga o caso com os olhos de um cidadão que está cansado de conviver com a falta de respeito e violência.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O prédio da Casa de Cultura Mário Quintana

Hotel Majestic: um marco de modernização em PoA

Considerado um marco de modernização, na época, para Porto Alegre, o prédio que hoje abriga a Casa de Cultura Mário Quintana começou a ser construído em 1916 para o funcionamento do antigo Hotel Mejestic. O projeto previa a construção de dois edifícios, cada um de um lado da travessa Araújo Ribeiro (hoje travessa dos Cataventos), ligados por passarelas.

A primeira parte da edificação, onde hoje está o Acervo e o Memorial, foi concluída em 1918. A obra, porém, foi finalizada apenas em 1933. Mas dez anos antes, o negócio foi arrendado para os irmãos Masgrau. Os novos administradores fizeram o hotel prosperar, trazendo para o local hóspedes ilustres e com eles todo o glamour da época.

Com a troca na administração, nos anos 50, o Majestic entrou em declínio. Hóspedes da alta sociedade foram substituídos por caixeiros viajantes. A localização deixou de ser privilegiada, num momento em que as elites saiam do Centro para morar em outros bairros. Em 1980 o prédio foi arrematado em leilão pelo Banrisul e, dois anos mais tarde, comprado pelo governo do Estado. Em 1983, o Majestic ganha status de prédio histórico e começa a ser transformado em casa de cultura. Depois de passar por reformas, o centro cultural foi aberto ao público em 1990.

Hóspede ilustre

O hóspede mais conhecido do Majestic foi o poeta Mário Quintana, que morou no local de 1968 a 1980. A estadia prolongada redeu uma homenagem ao escritor: Quintana emprestou seu nome ao espaço, quando foi decidido que o antigo hotel seria transformado em uma casa de cultura.

Além do quarto com objetos pessoais do poeta, o local também conta com salas de cinema, salas de exposições de arte, bibliotecas, discoteca, auditórios, teatro, o Museu do Banrisul, o Memorial do Majestic, livraria, café, além de abrigar provisoriamente a Biblioteca Pública do Estado.

Fonte: ccmq.com.br
Foto: pt.wikipedia.org

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Viva o Centro

Passeio visita prédios históricos e homenageia arquiteto

Você conhece Theodor Wiederspahn? Se sim, sabe o significado que a sua obra tem para Porto Alegre. Se não, certamente, conhece as edificações por ele projetadas. E é em homenagem a este arquiteto que o Viva o Centro a Pé programou o roteiro do passeio do próximo sábado, 26. A caminhada guiada fará um tour pelos prédios de Wiederspahn.

A saída está programada para às10h, na prala Daltro Filho (esquina rua Mal.Floriano com a rua Demétrio Ribeiro). No roteiro estão construções como a Delegacia Fiscal (atual Margs), Correios e Telégrafos (atual Memorial RS), Banco da Província (atual Santander Cultural), Hotel Majestic (atual Casa de Cultura Mario Quintana), edifício Chaves, cinema Guarany, cervejaria Bopp (atual Shopping Total), Central Telefônica Ganzo, Edifício Ely (Tumelero), Medicina da Ufrgs e Hospital Moinhos de Vento.

O passeio contará com a orientação será do professor de Arquitetura Cláudio Calovi Pereira. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail
vivaocentroape@gmail.com e o valor é 1 kg de alimento não perecível.

O arquiteto
Nascido na Alemanha, em 19 de fevereiro de 1878, Theodor Wiederspahn formou-se na Escola de Construção de Wiesbaden, em 1894, e mudou-se para o Brasil em 1908. Trabalhou no escritório de engenharia de Rudolf Ahrons entes de montar seu próprio negócio. Seus traços foram desenhando, ao longo dos anos, as linhas arquitetônicas de Porto Alegre, sendo creditado a ele, a construção de diversas edificações da capital. Morreu em 1951, aos 73 anos.

Obras de Wiederspahn em Porto Alegre (clique para ver imagem)


domingo, 20 de setembro de 2009

Revolução Farroupilha

O sangue que separou o Brasil


O verde e amarelo do Brasil imperial separado pelo vermelho que representa o sangue derramado na guerra são as cores do Rio Grande do Sul. A bandeira gaúcha tem origem nos anos que principiaram a Revolução Farroupilha e os traços diagonais foram criados por Bernardo Pires e José Mariano de Mattos. Foi utilizada pela primeira vez em 12 de novembro de 1836, quando o governo da República Rio-Grandense decretou a criação do “escudo de armas”.

Nos anos em que foi instaurada a República, a bandeira apresentava somente as três listras largas. O brasão sobre a elipse branca, que também é erança farroupilha, apareceu na bandeira apenas em 1889, por influência positivista.

Em 5 de janeiro de 1966, Ildo Meneghetti sancionou a lei que adotava a bandeira (na imagem, com o brasão), o brasão e o hino como símbolos oficiais do Estado.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Sala de Redação

Momento Históóórico


- Sssssssobre o assunto tenho a pergunta principal.
- Deixa eu terminar de falar...
Assim Kenny Braga e Luis Carlos Silverira Martins, o Cacalo, imitaram Paulo Sant’Ana e Ruy Carlos Ostermann na abertura do segundo bloco do
Sala de Redação de ontem, 17. O texto era baseado em uma edição dos quadrinhos Sala Magazine (na imagem), que, como numa fotonovela, relembrava uma briga entre o Professor e Sant’Ana.

Então eu pedi licença para o mediador do programa, o Professor, para junto com o Daniel, imitar do jeito “correto”. Reproduzimos a discussão tentando ser fiel ao arquivo de áudio de um Sala que não temos nem a data registrada. Neste tom brincalhão e descontraído, corriqueiro no programa, que o pseudo fã-clube do Sala de Redação, o ÚLtima, participou da mesa-redonda.

Stefano, Daniel e eu fomos a Gaúcha somente para assistir o programa e, talvez, ter a oportunidade de falar e tirar uma foto com esses ícones do radiojornalismo. Mas ao mostrar ao Kenny e ao Ruy a revista do Sala, eles nos convidaram imediatamente para participar do programa. Para mim, e para os guris acho que também, foi um momento único na nossa vida de estudante. É possível que, daqui a uns dias, estejamos acostumados a sentar numa mesa como aquela, ou até, pretensiosamente, naquela. Mas, hoje, não. Hoje, estamos na condição de fãs desse programa que só perde em audiência para o do Macedo.

Parabenizo a nós mesmos por esse feito (hahaha). E aos salistas Ruy, Lauro, Kenny, Guerrinha, Cacalo, Sant’Ana e Wianey, parabéns pelo programa e que continue assim, com muito sucesso. Que não percam o humor característico, porque, segundo Sant’Ana, “sem bom humor não dá”, e que, de vez em quando, briguem, para que tenhamos material para as próximas edições do Sala Magazine.


Para escuatar o Sala de ontem (17/09/2009), clique aqui.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Cinema e jornalismo

Jornalismo na telona

Nas longas horas conectado à Internet, entre as tarefas do serviço e os trabalhos de aula, achei uma lista com 30 filmes sobre jornalismo. O rol foi elaborado pelo jornal britânico The Independent, em 14/03/2005, mas o encontrei publicado no blog Papel Jornal. A relação não é muito nova, mas vale a pena conferir. Daqueles que não aparecem entre os 30, lembro de O Poder da Mídia.
  1. Em Salvador, o martírio de um povo (Salvador, 1985), um fotojornalista "gonzo" e seu amigo DJ chegam a El Salvador durante os conflitos político-ideológicos do início da década de 1980. O filme é dirigido por Oliver Stone.
  2. Todos os homens do presidente (All the President´s Men, 1976), com Dustin Hoffman e Robert Redford no papel dos repórteres Carl Bernstein e Bob Woodward, do Washington Post, conta a história do caso Watergate, que levou à renúncia do presidente Nixon.
  3. Um adolescente de 15 anos consegue trabalho como repórter da revista Rolling Stone e cobre turnê de um grupo de rock pelos EUA em Quase famosos (Almost Famous, 2000), dirigido por Cameron Crowe.
  4. Com direção de Gus Van Sant, Um sonho sem limites (To Die For, 1994) mostra a luta de uma ambiciosa garota-do-tempo, interpretada por Nicole Kidman, para ter sucesso na TV.
  5. O brasileiro Cidade de Deus (2002), dirigido por Fernando Meirelles, também entrou na lista. Inspirado numa história real, mostra os personagens da favela Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, pelas lentes de um fotógrafo adolescente.
  6. Orson Welles dirige e atua em Cidadão Kane (Citizen Kane, 1941). Na história, um repórter explora a vida de um magnata de mídia.
  7. Em defesa da verdade (Defence of the Realm, 1985), estrelado por Gabriel Byrne, é um suspense no qual a cobertura de um escândalo médico leva um repórter a investigar autoridades políticas.
  8. Estrelado por Johnny Depp e Benicio Del Toro, Medo e delírio (Fear and Loathing in Las Vegas, 1998) mostra a tentativa de cobertura de uma corrida de moto e de uma assembléia da polícia por um repórter drogado. O filme é inspirado na vida do jornalista "gonzo" Hunter S. Thompson, que se suicidou no mês passado.
  9. Última hora (The Front Page, 1931) é baseado em peça teatral de Ben Hecht e Charles MacArthur sobre um repórter de sucesso tentando escapar de seu editor cínico e manipulador.
  10. Jejum de amor (His Girl Friday, 1939), com Cary Grant e Rosalind Russell, é outra adaptação da peça de Hecht e MacArthur, dirigida por Howard Hawks.
  11. Estrelado por Robin Williams, Bom dia Vietnã (Good Morning Vietnam, 1987) conta a história de um irreverente DJ que, recrutado para comandar programa de rádio das Forças Armadas dos EUA no Vietnã, enfurece oficiais.
  12. De Oliver Stone, Assassinos por natureza (Natural Born Killers, 1994) mostra as loucuras de um casal que viaja pelos EUA matando pessoas para atrair a atenção de um jornalista sensacionalista.
  13. Em Os gritos do silêncio (The Killing Fields, 1984), premiado repórter arrisca a vida para cobrir a Guerra do Camboja.
  14. Com Burt Lancaster e Tony Curtis, A embriaguez do sucesso (Sweet Smell of Success, 1957) retrata um colunista de fofoca como um monstro da mídia.
  15. O informante (The Insider, 1999), com Al Pacino e Russell Crowe, mostra a luta de um cientista recém-demitido de fábrica de cigarros e um produtor do programa de TV 60 Minutes para divulgar segredos escandalosos da indústria do tabaco.
  16. Rede de intrigas (Network, 1976), com direção de Sidney Lumet, mostra o dramático fim da carreira de um importante âncora da TV americana.
  17. Em O Povo contra Larry Flynt (The People vs Larry Flynt, 1996), o diretor Milos Forman faz cinebiografia do polêmico editor da revista de pornografia Hustler, que enfrentou diversas batalhas judiciais na defesa da liberdade de expressão nos anos 1970.
  18. Com Christopher Reeve, Superman (1978) conta a história do jornalista sem-graça que nas horas vagas se transforma em super-herói pronto a salvar o mundo.
  19. Em Perversa paixão (Play Misty for Me, 1971), dirigido e interpretado por Clint Eastwood, um radialista é perseguido por uma ex-amante desequilibrada.
  20. O show de Truman, o show da vida (The Truman Show, 1998), dirigido por Peter Weir, é estrelado pelo comediante Jim Carrey. Sem saber, Truman Burbank é o personagem principal de um reality show de sucesso absoluto na TV americana.
  21. O preço de uma verdade (Shattered Glass, 2003) conta a história de um jornalista que inventava grande parte de suas matérias.
  22. O âncora - A lenda de Ron Burgundy (Anchorman: The Legend of Ron Burgundy, 2004) é uma comédia sobre um âncora de TV dos anos 1970 confrontado por uma colega ambiciosa.
  23. Em O ano em que vivemos em perigo (The Year of Living Dangerously, 1982), com Mel Gibson e Sigourney Weaver, um fotojornalista australiano enfrenta perigos e intrigas políticas na Indonésia dos anos 60.
  24. Nos bastidores da notícia (Broadcast News, 1987) mostra o competitivo mundo dos bastidores da TV a cabo dos EUA, habitado por jornalistas ambiciosos e prontos para tudo. Dirigido por James L Brooks.
  25. Com Warren Beaty, A trama (The Parallax View, 1974) mostra um jornalista alcoólatra que investiga o assassinato de um senador depois que várias testemunhas morrem misteriosamente.
  26. Verdades que matam (Talk Radio, 1988) é mais um filme de Oliver Stone na lista do Independent. Um radialista deixa os problemas pessoais interferirem em seu trabalho.
  27. O rei da baixaria (Private Parts, 1997) é uma autobiografia do polêmico radialista americano Howard Stern.
  28. Um fotógrafo interpretado por Nick Nolte se envolve em armações políticas durante a revolução sandinista na Nicarágua, no fim dos anos 1970, em Sob fogo cerrado (Under Fire, 1983).
  29. Dirigido por Billy Wilder, A montanha dos sete abutres (Ace in the Hole, 1951) é um olhar ácido sobre a exploração da mídia. Um jornalista excluído da grande imprensa vê sua chance de voltar ao "jogo" com uma matéria sobre um homem preso em velhas ruínas indígenas no Novo México.
  30. O australiano Newsfront (1978) mistura ficção e cenas reais para mostrar a rivalidade entre duas companhias de cinejornal.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Semana Farroupilha

Difusor da revolução

Responsável por expandir os ideais farroupilha, O Povo foi o jornal oficial da República Rio-Grandense. Sediado em Piratini, o periódico circulou de 1838 a 1840, somando um total de 160 edições.

As prensas foram compradas por Domingos José de Almeida, em Montevidéu, com o valor obtido na venda de 17 escravos. O editor era Luigi Rossetti, amigo de Giuseppe Garibaldi, que emprestou a casa em que morava para instalar os equipamentos e a redação.

Rossetti (na foto, interpretado por Dalton Vigh em A Casa das Sete Mulhres) era italiano e refugiou-se no Brasil após participar de um movimento que defendia a unificação da Itália. Para o historiador Riopardense de Macedo, a influência do conterrâneo de Garibaldi na direção do periódico não pode ser minimizada. “O italiano ajudou a produzir uma propaganda republicana de bom nível que já ensaiava críticas aos processos próprios da burguesia”. Rossetti, que foi, paralelamente, jornalista e comandante da Marinha, morreu aos 40 anos, na batalha de Viamão, em 1840.

Fonte: KIELING, Camila Garcia. Jornal O Povo: Conhecimento e realidade na aurora da imprensa rio-grandense (1838-1840). Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Famecos, PUCRS.

Imagens: lsstorch.googlepages.com e teledramaturgia.com.br

terça-feira, 15 de setembro de 2009

História: 106 anos do Grêmio

O dono da bola: fundação do Grêmio


Sem deixar que a paixão clubística me renda, devo lembrar do rival Grêmio que está complando 106 anos hoje.
A quantidade de pessoas que rodeavam o campo da várzea em 7 de setembro de 1903 justificava a curiosidade. Ali se apresentava o team do Sport Club Rio Grande, que chegou a Porto Alegre para fazer uma exibição de foot ball.

Entre os expectadores, Cândido Dias da Silva, que veio de São Paulo para trabalhar na cidade, assistia entusiasmado ao match, com sua bola em baixo do braço. Era o único habitante de Porto Alegre que possuía uma bola de foot ball e, casualmente, no decorrer da apresentação a bola dos rio grandenses furou. Cândido impediu o fim da exibição, emprestando a pelota. Mas para isso, os jogadores teriam que ensiná-lo algumas técnicas do esporte.

Uma semana depois, em 15 de setembro, Cândido e outros 31 rapazes se reuniram no Salão Grau, na rua XV de Novembro. O encontrou resultou na criação do Grêmio Foot Ball Porto Alegrense, que 80 anos mais tarde levantaria a taça de campeão mundial.

*A rua XV de Novembro é a atual José Montaury e o Salão Grau se localizava onde hoje existe a galeria Chaves.

Fonte: gremio.net
Foto: reliquiasdofutebol.blogspot.com

Curiosidade

Jornal mais antigo do mundo

Relationen é o nome do primeiro jornal do mundo, segundo a Associação Mundial de Jornais. Produzido em 1605 e estabelecido em Estrasburgo, então território alemão (hoje, francês), o periódico era editado por Johann Carolus.

As notícias, escritas a mão, eram recebidas através de uma rede de correspondentes de outras cidades, contratada por Carolus. Pesquisadores garantem que as cópias manuscritas circulavam desde 1604 e que o propritário do jornal adquiriu uma prensa naquele ano e, em 1605, começou a distribuir cópias impressas do Relationen.


Fonte: observatorio.ultimosegundo.ig.com.br

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Conto

Texto produzido na disciplia de Produção Jornalística II, na Ulbra. O exercício propunha criar uma história que findasse com vende-se um vestido de noiva. Manequim 46. Sem uso. Tratar com Marinildes, pelo fone...


O vestido de Noiva

Tarde de quinta-feira. Na redação, repórter chegava, repórter saía. Os teclados nervosos dos computadores faziam a trilha sonora para o burburinho que se ouvia. Eu não falava nem escutava. Apenas teclava. O texto que aos poucos foi aparecendo na tela do monitor era sobre a convocação de Kleber, do Internacional, para a Seleção Brasileira. Já estava terminando quando Ariadne, a estagiária da editoria de esportes me interrompeu. Ela acompanhava um motoboy que trazia uma caixa:
– É uma entrega para ti – miou Ariadne com seu jeito meigo e tímido.
– Que isso?
– Seu pedido da Noiva Chique, senhor – disse o motoboy.
– Mas, eu não... – o rapaz colocou a caixa no chão e saiu – não pedi nada, volte aqui. O que é isso?

Não levantei da cadeira para ir atrás do entregador, apenas olhei para Ariadne tentando encontrar resposta. Ela deu de ombros e saiu.
Eu não tinha feito encomenda nenhuma, “que diabos era aquilo?”, pensei. Só podia ser sacanagem do pessoal do jornal. Só podia ser. Mas o que haveria dentro daquela caixa? Deixei minha curiosidade de lado e fui terminar de escrever o texto. Não conseguia. Pensava na caixa que estava ao meu lado. Um vulto parou em frente a mesa. Alfredo. A pessoa mais chata que tinha na redação. Vivia fazendo aquelas piadas sem graça. Não adiantava, quando pegava no pé de alguém, não largava mais. E eu era esse alguém:
– Então Carlão, vai casar com o Raimundão? ­– perguntou. Raimundo era nosso colega da editoria de esportes. Grande figura. Tinha a idade do meu pai. Viu jogar as maiores estrelas do futebol. As sextas, depois do expediente, saíamos com o pessoal da política para beber cerveja e comer batata frita. Depois de alguns copos de chope, Raimundo tentava convencer a todos que na copa de 70, Rivelino só foi titular por ordem de Médici e que foram os militares que escalaram o time do Brasil naquele ano.

Em resposta a Alfredo fiquei quieto, mas me mordendo de curiosidade. “Noiva Chique”, o que será? Vou abrir, mesmo não sendo para mim. Ariadne chamou o Careca e a nossa editora, a Mari. “Ta, é sacanagem”, pensei.
– Vamos, abre logo – disse o Careca, sorrindo. Não dava para voltar atrás. Eu não ia esperar para abrir aquilo em casa. Aliás, nem ia levar aquilo para casa. Vencido, abri. Um vestido de Noiva. Isso mesmo. Claro, Noiva Chique. Só podia ser algo relacionado com noiva.
– Que lindo, Carlos – Mari elogiou ao pegá-lo – Sua noiva tem bom gosto, mas dá azar olhar antes.

Eu não estava noivo, não era meu aquilo. Mas a editora me olhou séria e perguntou se eu não ia convidar os colegas para a cerimônia. Eu disse que estava havendo algum engano, eu não iria me casar. Mas as brincadeiras sobre o assunto se estenderam até o inicio da noite.
Antes de ir embora, passei na sala da Mari e perguntei o que fazer com aquele vestido. Sem fazer brincadeiras, ela disse para deixar ali na redação. Provavelmente alguém apareceria para pegá-lo e nós o devolveríamos para o dono.
A edição de sexta-feira do jornal trazia uma reportagem com um texto horroroso sobre a convocação de Kleber. No meio da tarde vi alguém entrar na sala da Mari e alguns minutos depois sair com a caixa da Noiva Chique nos braços. Fui até lá ver se o vestido tinha voltado para a loja ou entregue ao verdadeiro dono. Mari me disse:
– Carlos, hoje graças a ti, o happy hour é por minha conta – falou pegando o jornal e me indicando, nos classificados, uma notinha que dizia: vende-se um vestido de noiva. Manequim 46. Sem uso. Tratar com Marinildes, pelo fone...

domingo, 13 de setembro de 2009

Livro

Tragédia da Rua da Praia ganha nova edição


Tragédia da Rua da Praia: Uma História de Sangue, Jornal e Cinema. Não é apenas mais um romance adaptado a um fato histórico dos tantos escritos pelo mundo. É um livro de autoria de Rafael Guimaraens que retrata com precisão a Porto Alegre do início do século 20. Lançada em 2005, a obra ganhou recentemente sua segunda edição. A editora Libretos adequou o texto à reforma ortográfica e remodelou a capa do livro.

Saiba mais:
www.libretos.com.br

Assista o vídeo de divulgação

sábado, 12 de setembro de 2009

História

Liberdade de Crença no Brasil

De acordo com o Censo de 2000, apenas 26,2 % da população brasileira não é católica. Considerando a liberdade religiosa, o número é pequeno e mostra o domínio da igreja romana do país. Mas a predominância do catolicismo já foi maior. No período que vai do descobrimento até o início do século 19, era proibida a prática de qualquer religião que não fosse a liderada pelo Papa.

Com a abertura dos portos, em 1808, foi natural a chegada de pessoas com outras crenças. Consequentemente, em 1810, foi assinado o Tratado de Aliança e Amizade entre o Reino Unido e o Brasil. Ele autorizava a prática de outras religiões, desde que o exterior das capelas se parecesse com casas de habitação, além de não permitir o uso de sinos. O documento também assumia o compromisso de extinguir a Inquisição no Brasil. Esse item foi cumprido em 1821, quando dom João VI aboliu a Santa Inquisição e os Tribunais do Santo Ofício do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

A liberdade de culto, no entanto, só pode ser gozada plenamente com a proclamação da República. A constituição de 1891 (na foto, assembleia constituinte) desvinculava o Estado da Igreja e assegurava a prática livre de qualquer religião.


Fontes: Aventuras na História e Nova História Net
Imagem: novomilenio.inf.br

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Torres Gêmeas

Site divulga videos e fotos inéditos


Oito anos depois da tragédia, o site do novo World Trade Canter começou a divulgar videos e fotos inéditos feitos por pessoas que testemunharam o fato. O site, em inglês pode ser acessado pelo endereço www.national911memorial.org.

No local das antigas torres, está sendo construído um novo complexo de edificações, que ganha críticas da população devido a demora na execução. Por outro lado, está funcionando, no local, o Museu e Momorial Nacional 11 de Setembro, que homenageia as vítimas do atentado.

Torres Gêmeas

8 anos da tragédia mais marcante dos últimos tempos

Oito anos se passaram desde que Osama Bin Laden ordenou o choque de dois aviões contra as torres do World Trade Center (WCT), nos Estados Unidos. A população mundial jamais conseguirá deletar da memória aquele 11 de setembro de 2001, que significou a maior afronta ao chamado império norte-americano. O fato foi tão marcante que qualquer pessoa lembra o que fez naquele dia e como ficou sabendo da notícia.

Eu, por exemplo. Cheguei da escola (talvez 6ª ou 7ª série), almocei e fui no bazar do seu Bernardino Domenico Romano, o Mimo, junto com um amigo, o Rafael, comprar botão. Aqueles para jogar futebol de mesa. Quando chegamos em casa e nos preparávamos para a partida de estreia dos novos times, liguei a tevê e vimos as cenas de um das maiores edificações do mundo pegando fogo e, aos poucos fomos entendendo o que aconteceu. No oitavo aniversário da tragédia, resgatei aquela terça-feira. Não, não é nenhum conteúdo sobre o atentado, mas as manchetes de outros fatos que ocorreram no dia.

- O presidente em exercício do Congresso Nacional, deputado Efraim Morais (PFL-PB), promulga a emenda constitucional que limita a edição e o uso de medidas provisórias pelo presidente da República.

- Ministério Público Estadual (MPE) anuncia que vai investigar viagens para o exterior realizadas por membros da administração Marta Suplicy (PT) nos seis primeiros meses de gestão na Prefeitura de São Paulo.

- A cotação do dólar fecha em R$ 2,66.

- Palmeiras: Técnico Celso Roth afirma que escalará titulares na partida de quarta contra o Universidad do Chile, pela Copa Mercosul, mesmo sendo líder do Brasileirão.

- O milionário time do Real Madrid enfim fez uma boa apresentação na temporada. Na abertura da Copa dos Campeões, o atual campeão da Espanha venceu o Roma por 2 a 1.


Foto: g1.globo.com

Igreja das Dores

História preservada
Alpinistas sobem no topo das torres da Igreja das Dores durante as obras de restauração

Do alto das Torres da igreja mais alta de Porto Alegre, os alpinistas trabalham na restauração de mais de 200 anos de história. Desde o início de março, o templo de Nossa Senhora das Dores está em obras, recuperando muitos dos estragos causados pela ação do tempo. Estão sendo reformados o piso, as portas, guarda-respeito, as torres e o coro, além da realização da pintura externa.

Responsável pelo acervo da Igreja Nossa Senhora das Dores, a museologa Ana Maria Bossle explica que a contratação de alpinistas para o serviço de limpeza e pintura das torres e de outras partes mais altas da edificação tem o custo menor do que a utilização de andaimes.
– O aluguel dos andaimes acaba saindo mais caro, mesmo que existam poucos profissionais que realizam o serviço de alpinismo na região.

Na parte interna, a igreja está com outro visual. Pelo menos durante o período de obras. Os bancos foram retirados do local para realizar a troca do piso. Os ladrinhos a serem colocados são do mesmo modelo do anterior. Ana Maria conta que foi cogitada a hipótese de colocar assoalho de madeira, semelhante ao da época que o templo foi inaugurado, mas venceu a opção pelo ladrilho, que tem maior imunidade a deterioração.

No coro, parte do piso também está sendo trocada. As madeiras danificadas pelos cupins foram substituídas. A recomendação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que acompanha a obra, é de restaurar a maior parte do material, deixando para substituir somente as peças sem condições de uso, segundo Ana Maria. O guarda-respeito, que já foi retirado, também deverá ser substituído. A peça que poderá ser colocada no local se trata do antigo guarda-respeito, utilizado antes do atual, que está preservado nos depósitos da igreja.

A obra é custeada pela prefeitura de Porto Alegre e pelo Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird). O valor total é de R$ 2,1 milhões e o termino da reforma é estimado para o inicio de 2010.

Fotos: Mayara dos Santos

Centro Histórico

Viva o Centro realiza Caminhada Literária

Com visita a pontos localizados no coração do Centro Histórico de Porto Alegre, o Viva o Centro a Pé de amanhã, 12, proporciona um passeio acompanhado de literatura. O escritor Luís Augusto Fischer será o orientador da caminhada que está marcada para começar às 10h, com saída do totem do Caminho dos Antiquários, na rua Demétrio Ribeiro, em frente a praça Daltro Filho. O roteiro, de duas horas de duração, inclui o viaduto Otávio Rocha, Livraria do Globo, Chalé da Praça XV, Mercado Público e Praça da Alfândega. Se chover, o evento será adiado para o sábado seguinte.

Foto: pt.wikipedia.org

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Apresentação

O texto de estreia

A partir destas linhas, corto a fita deste novo espaço. Não é de hoje que os amigos me questionam sobre a possibilidade de eu escrever em um blog. Freqüentemente, quando o assunto recai sobre a profissão, me indagam “mas coooomo, tu és jornalista e não tem um blóóógui?”, ou me aconselham “tu tens que ter um blog, cara, tu és jornalista”. De quando em vez refletia “realmente, preciso urgentemente criar um blog para mostrar meu trabalho”. Mas não. Os dias passaram, as perguntas sobre o assunto me perseguiam e não tinha jeito de eu dispensar alguns instantes para criar essa ferramenta e programar mais alguns minutos do dia para atualizá-la.

Também preferia não ter em mãos um veículo que apresentasse apenas textos duros de opinião. Da mesma forma que não queria publicar apenas notinhas copidescadas da rede. Por isso não dei antes esse passo que estou dando agora.

Em verdade, não sou jornalista, como meus amigos afirmam. Sou um aprendiz dessa profissão que Gabriel Garcia Márquez considera ser a melhor do mundo. Sou um estudante em busca de saber como se exerce o jornalismo. Aprendendo com a ajuda dos professores, chefes e colegas e também com os próprios erros. A proximidade da conclusão do curso me deixa mais disposto a escrever e publicar sem o carimbo de um editor experiente. Algo que só a internet permite.

Certamente publicarei muitos textos de opinião e notas copidescadas da internet, como falei acima. Mas também trarei reportagens, entrevistas, fotos e curiosidades dentro ou fora da pauta do momento. Talvez o jornalismo formal não seja o forte desse blog. Quem sabe até me aventuro na literatura. Não, não se preocupem, não inventarei notícias. Se algum dia acordar com inspiração para imitar Machado de Assis, explicitarei que se tratam de devaneios da minha ignóbil mente. Bem, me estendi bastante. Espero não ser sempre assim: chato e demorado. Comecei mal. Com o tempo eu acerto.


Ilustração: 1.bp.blogspot.com