sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Dona Chica: 59 anos de Caldas Junior


Carlos Garcia
Com 59 de serviços prestados à Caldas Junior, Francisca, conhecida como dona Chica (na foto, com a reprodução da primeira edição do Correio do Povo), é a “guardiã da memória” da empresa jornalística. Ela foi responsável, em 1950, pela criação e organização do arquivo que guarda todas as edições do Correio do Povo, Folha da Tarde e outras publicações impressas da casa.

Na sala do arquivo – no edifício Hudson, sede do Correio do Povo e rádio Guaíba – com o rádio ligado na Guaíba FM, dona Chica falou sobre seus anos de trabalho na Caldas Junior. A seguir, os principais trechos da conversa.

Quando a senhora começou a trabalhar no Correio do Povo?
Eu comecei em 28 de fevereiro de 1950. Estou com 59, vou fazer 60 agora.
E como que foi a entrada na empresa?A minha entrada aqui... o problema era o seguinte: antigamente, o Correio do Povo era uma família, tu vinha, trazia teu irmão, trazia os teus parentes e tudo aqui era uma família. Então meu cunhado trabalhava aqui. Era o Sadi Rafael Saadi. Era cunhado e me criou. Pai de criação. Então, quando eu terminei o ginásio, eu não quis continuar os estudos, então, ele me forçou a trabalhar. Aí eu vim trabalhar aqui no Correio, pela mão dele, pela mão do seu Alcides Gonzaga, que era o gerente do Correio do Povo naquela época.
A senhora começou fazendo o que?Eu comecei na contabilidade... porque o arquivo não existia. Aí o seu Gonzaga perguntou para mim se eu tinha coragem de organizar um arquivo. Eu disse "sim".
A senhora que deu início ao arquivo, então...Não, eu criei o arquivo do jornal. Se tem isso aí, agradece a mim. Aí ele me deu dois funcionários e eu comecei a organizar o arquivo do jornal. Porque essas coleções todas estavam atiradas lá na tevê. Então eu mandei buscar tudo, mandei restaurar, mandei fazer tudo em couro. Está tudo feito em couro. Desde o primeiro número até o último, até o atual, tudo é a mesma coisa. Depois eu vou te mostrar como está ótimo.

Que ano foi criado o arquivo?
Eu entrei em 1950 e fiquei apenas, acho, que uma semana na contabilidade. E o arquivo era na rua Sete de Setembro, naquele prédio onde hoje é o Banco do Brasil. Eu comecei a fazer Correio do Povo, Folha Esportiva, Folha da Tarde e Folha Final. Eram quatro jornais abatidos quando houve aquela história de fechar. Eram quatro jornais. Só que cada jornal tinha seus encartes. Por exemplo, o Rural, o Caderno de Sábado, o Fim de Semana, Letras e Livros. Então, todas essas coisas que estavam sendo encartadas, eu ia mandando tirar e fazer coleção. Aí tornou-se muito mais fácil para o pessoal fazer pesquisas.

Quando a senhora entrou na Caldas Junior, já tinha mulheres trabalhando?
Quando entrei, éramos três. Porque eles não empregavam mulher naquela época. Era a Eva, que era a secretaria do seu Alcides, a Talita que era caixa e eu, que entrei na contabilidade. Éramos somente três mulheres. Aí depois começou a entrar mais mulheres, principalmente na circulação.

E a edição que foi empastelada e a senhora, dona Francisca, conseguiu salvar...
Foi em 20 de setembro de 1972. Houve aquela história do telegrama que mandaram para cá. Um telex. Não era para ser publicado aquele telegrama porque era assunto da política. E o doutor Breno, como era meio teimoso, mandou publicar. E aí nos publicamos e no outro dia de manhã veio a polícia toda, o exército todo, e tomaram conta do Correio. Eles perguntaram para o doutor Breno se ele ia prender toda a edição e o doutor Breno disse para ele que fizesse o que ele quisesse, não, “pode fazer o que tu quer”, e ele mandou os caminhões todos para cá e na hora que saia o jornal da máquina, eles iam botando dentro do caminhão para levar para lá, para o exercito. Eu, quando cheguei, tava aquela coisa, né. Aí eu disse “pô, mas não é possível que eu vou deixar o Correio do Povo ficar sem essa edição”. Aí eu fui lá embaixo, estavam todos lá, eu tirei 20 jornais, botei debaixo do braço e saí. Eles com o problema, não sabiam o que eu ia fazer. Nem deram bola para aquele negócio e eu guardei. Passada uma temporada, o doutor Breno me perguntou “escuta, Chica, tu tens esse jornal?” e disse “tenho”. Aí ele disse “mas como que tu conseguiste?” e eu disse “ahhh eu consegui assim...” e contei para ele a história do que eu tinha feito. “É impossível”, disse ele. Porque ele me conhecia desde guria, né. “Mas tu é uma guria impossível”. Quer dizer que eu não deixei faltar no arquivo essa edição. O Galvani, no livro dele, não seu se tu leu o livro... Um Século de Poder, né? [GALVANI, Walter. Um Século de Poder: os bastidores da Caldas Junior] Ali ele fala também sobre o telegrama, sobre tudo, né.
E a relação com o doutor Breno?Ah, ótima. Ótima pelo seguinte: ele se dava muito com a minha família por causa do meu cunhado. Então a relação minha com ele era assim. Eu ia ao gabinete dele... ele sempre me tratando por guria, porque eu entrei muito guria mesmo, e eu tinha uma boa relação com ele. Aliás, com todos. Graças a Deus. Tanto que, foi mudando, primeiro foi o Breno, depois foi o Renato, depois foi o Edir Macedo. E em todas elas eu to indo.
Como a senhora sintetiza todos esses anos de trabalho na Caldas Junior?Era uma família. È uma coisa que eu criei. É como se eles fossem meu filho. Durante todos esses anos, não deixo ninguém mexer, ninguém fazer porque é meu. Aí o dia que eu parar, não sei como que vai ser. Não sei como é que eles vão me substituir.
Alguns vícios de linguagem foram eliminados para melhor entendimento, mas muitos foram mantidos para que a entrevista pudesse ser reproduzida da forma mais fiel à original.
Foto: Carlos Garcia

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Feira do Livro

O perfume das flores dos jacarandás

Nada é mais certo em Porto Alegre que chuva em época de Feira do Livro. Nem que seja apenas por algumas horas, mas todo ano, em fins de outubro, uma nuvem negra e gorda se aproxima da praça da Alfândega e despeja água sobre as lonas que cobrem os stands abarrotados de livros. Para desespero dos comerciantes, o povaréu, que passeia e compra no local, se dispersa ao notar a água que cai do céu. A exceção fica por conta daqueles que, ao contrário, usam a cobertura do evento como abrigo e acabam por se perder nos saldos dos balaios.

Um por cinco, três por dez, cinco por quinze. As promoções são variadas, assim como os títulos que podem ser encontrados ali. As opções vão desde livretos infantis até os melhores romances de Garcia Márquez. Sem contar os preços simbólicos que se paga por clássicos de Machado de Assis à Hemingway. Confesso que, como uma mulher em Shopping, tenho atração irresistível por esses saldos da Feira do Livro. Vez que outra, erro o passo e levo para casa umas porcarias que me forço a sepultar a leitura antes do fim da terceira página. Entretanto, não escondo a satisfação de comprar uma obra como A Sangue Frio, de Truman Capote, pela metade do preço da Veja desta semana. Sorte minha de possuir tempo para, pacienciosamente, filtrar com perícia os balaios na busca de delícias literárias para saborear nos próximos onze meses.

Onze meses demorados para uma população sem incentivos à leitura e que lê uma média de cinco livros por ano. Mas, admitamos, é gostoso esperar quase um ano inteiro por esses quinze dias em que as ondas da calçada da Rua da Praia levam os porto alegrenses a um mar de cultura e conhecimento. O perfume das flores dos jacarandás, realçado pela umidade da chuva, é o aviso de que a sineta de abertura já pode tocar.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Rua da Ladeira

Ligação entre a Matriz e a Alfândega

O Correio do Povo de 20 de outubro de 1909 noticiava a construção de uma nova via em Porto Alegre. A coluna Há um século no Correio do Povo de hoje apresenta a nota assim:
Como já foi noticiado trata-se de organisar nesta capital uma empreza que tomará a si o encargo de construir a projectada avenida, ligando a praça Senador Florencio a Praça Marechal Deodoro. Para isso terão de ser desapropriados diversos prédios e sitios á rua dos Andradas e á rua Riachuelo.

As suas praças em questão são a da Alfêndega (Senador Florêncio) e da Matriz (Marechal Deodoro). A rua a qual a reportagem se refere é a atual General Câmara, que originalmente foi batizada como rua da Ladeira.

Bico de pena de Francisco Carlos da Silva, retirado de fotosantigas.prati.com.br

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Parcão e o horário de verão

Com os pocket shows que a nova rádio Oi FM está promovendo no Parque Moinhos de Vento, não tem jeito de ficar em casa nos finais de tarde de sábado. Ainda mais agora, com o agradabilíssimo horário de verão. Nas outras semanas tocaram Cartolas, Frank Jorge, Acústicos & Valvulados, entre outros. No próximo sábado é a vez da Identidade. É só preparar o Chimas e curtir o fim de tarde ao som dum roquenrrol.

Passeio pela História

Projeto resgata memória do espaço urbano de PoA


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Edificações e monumentos, que ajudam a ilustrar 237 anos de história, servem de cenário para o cotidiano dos habitantes de uma cidade que contrasta o antigo e o novo. Igrejas, palácios e, até mesmo, um muro são algumas das construções encravadas em Porto Alegre, as quais sua importância histórica é, muitas vezes, desconhecida pelos cidadãos da cidade. Para que isso não aconteça que o projeto Viva o Centro a Pé realiza, duas vezes por mês, passeios orientados pela capital gaúcha.

Com uma média de público de 300 pessoas a cada edição, o projeto reúne cidadãos e turistas interessados em conhecer os detalhes históricos e arquitetônicos de Porto Alegre. Moradora do bairro Cidade Baixa, Mariana dos Santos diz que o Viva o Centro a Pé é uma excelente oportunidade para conhecer locais históricos de Porto Alegre.
– O passeio é maravilhoso, para aqueles que são da cidade, como eu, e para os visitantes, porque nos leva a lugares que passamos em frente diariamente mas não temos a oportunidade de entrar. Assim conhecemos diversos lugares em um único dia.


Para a turista de Campinas (SP), Clarice Silveira, o passeio é excelente para quem não conhece a cidade.
– Lamento que tenho que voltar para São Paulo, gostaria de participar de outras edições do passeio também.

Apesar de trazer no nome, o evento não se limita à caminhadas pelo Centro Histórico da cidade. Das duas edições mensais, apenas uma é realizada na zona central. Para se afastar do marco zero do município, o projeto tem parceria com a empresa de ônibus Carris, que cede ônibus articulados, oferecendo transporte gratuito aos participantes do passeio.

As caminhadas são orientadas por professores e estudiosos de história, arquitetura e artes, que são escolhidos conforme as suas especializações e o tema da edição. Entre os convidados que já guiaram os passeios estão o mestre e doutor em Literatura Brasileira Luis Augusto Fischer, o escritor Alcy Cheuíche e o mestre em História e Ph.D. em Arquitetura Renato Holmer Fiore.

Os roteiros são variados. No centro, a caminhada já visitou as igrejas, os palácios, o Marcado Público, as praças, entre outros pontos. Nos bairros, alguns dos locais que receberam o evento foram os cemitérios, o Jockey Club e o bairro Moinhos de Vento.

Valorização do Centro
Criado e organizado pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre, através das secretarias municipais do Planejamento (SPM) e Cultura (SMC), o projeto existe desde 2006 e faz parte do Viva o Centro, que tem como objetivo a valorização do Centro Histórico. O coordenador do Viva o Centro a Pé, Glênio Bohrer, explica que a caminha começou a ser organizada para mostrar a imagem positiva do centro.
– A idéia é expor as virtudes e qualidades do local para trazer o cidadão para o centro, que possui uma série de valores muitas vezes esquecida pelas pessoas. Ainda mais, agora, com a revitalização que está sendo realizada na zona central e os outros atrativos oferecidos.

Inscrições e solidariedade
Para participar do Viva o Centro a Pé, os interessados devem se inscrever pelo telefone ou internet. A inscrição prévia é importante para facilitar a organização do evento. Segundo Bohrer, é essencial saber o número de pessoas, principalmente, nos locais que exigem deslocamento de ônibus, para solicitar a quantidade certa de veículos de transporte.

As inscrições são gratuitas, mas os participantes podem colaborar com alimentos não-perecíveis, que devem ser entregues no local de partida da caminhada. As doações são encaminhadas para instituições municipais.

Inscrições
Fone: (51) 3289 3738 E-mail:
vivaocentroape@gmail.com Local: Caminho dos Antiquários Praça Daltro Filho (Praça do Capitólio), na esquina das ruas Demétrio Ribeiro e Mal. Floriano

Para acessar o site do Viva o Centro a Pé, clique
aqui.
Passeio realizado em 28/06/2009, roteiro: cemitérios

Fotos: Carlos Eduardo Garcia
Reportagem produzidada para a cadeira de Webjornalismo, em 2009/01.

Palavras para insultar

Burro, imbecil, corno, ladrão, falcatrua...

“Embora possamos insultar nosso semelhante com gestos e atitudes, o bom insulto é sempre verbal”, afirmou o professor Cláudio Moreno em um texto que destaca as palavras apropriadas para xingar. Ele lembra que o homem tem preferência por atacar o inimigo explorando áreas de pouca inteligência (burro, estúpido, tolo), sanidade mental (louco, maluco), prática de atos condenáveis (ladrão, corrupto) e comportamento sexual inadequado (puta, veado, broxa). A origem de alguns dos insultos mais utilizados foi recuperada por Moreno.

Idiota – A democracia da Atenas da Grécia antiga tinha como base a participação coletiva nas decisões. Os indivíduos que não participavam desse processo eram vistos com desprezo, sendo chamados de idiota. Inicialmente a palavra dava a ideia de alienado. Mais tarde, em Roma, Idiota foi difundido como um insulto.

Imbecil – No Latim, imbecillis significava fraco, frágil (nesse contexto, é possível dizer que o Inter foi imbecil no jogo de ontem contra o Fluminense, por exemplo). A partir do século 16 o vocábulo foi, lentamente, se limitando a fraqueza mental.

Otário
– são leões marinhos, que por serem lentos e apresentarem a aparência de tolos, tiveram seu nome aproveitado como um xingamento.

Canalha
– Original do Italiano canaglia, que no sentido literal quer dizer cachorrada, mas era utilizado para designar a ralé. Posteriormente a expressão perdeu o significado coletivo para insultar um individuo específico. É utilizado para chamar uma pessoa traiçoeira, sem caráter.


O texto de Cláudio Moreno pode ser encontrado no site http://wp.clicrbs.com.br/sualingua/ e na revista Superinteressante de dez.2001.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Loureiro da Silva

O prefeito que mudou a história de POA

José Loureiro da Silva, prefeito de Porto Alegre de 1937-1943 e 1960-1964, era descendente de Jerônimo de Ornelas, dono das terras que serviram de base para a formação da capital gaúcha. Mesmo não sendo um parente muito próximo, Loureiro tentou associar sua imagem à do dito fundador da cidade, durante suas passagens pela administração porto alegrense.
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Em 1939, o Instituto Histórico e Geográfico do Estado descobriu um documento datado de 5 de novembro de 1740. Era a carta de doação de uma sesmaria às margens do Guaíba (área de 14 mil hectares) a Jerônimo de Ornelas. Baseado nesse registro, Loureiro começou a preparar os festejos para a comemoração do bicentenário de Porto Alegre, em 1940.

Entretanto, em 1971 a Câmara Municipal aprovou uma lei que definia 1972 como o ano para comemorar os duzentos anos da cidade. A medida foi baseada no fato de Porto Alegre ser elevada à categoria de freguesia em 26 de março de 1772.
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Fontes: ZH, pt.wikipédia.org e poasite.com

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Eu acho que...

Humor climático

Nesse freqüentes dias de chuva tenho lido e visto diversas reportagens que falam da ligação do humor das pessoas com as condições climáticas. O recado é sempre o mesmo: dias chuvosos deixam as pessoas de mau humor, ao contrário do sol, que as tornam felizes e bem humoradas. Da mesma forma, as matérias afirmam que o verão é mais alegre que o inverno. Fala-se, inclusive, que nos países frios o número de suicídios é maior. Bem, talvez os sujeitos que atentaram contra si tivessem outros problemas. Ou, se puseram fim a própria vida em razão do frio, nunca visitaram Porto Alegre entre novembro e abril.

Certa vez, Juremir Machado afirmou, em sua coluna no Correio, que o clima de Porto Alegre é de pobre. Não encontrei estudos que definam que essa temperatura é de pobre e aquela outra de rico. Mas temos que concordar com uma coisa: as condições climáticas de Porto Alegre exigem que qualquer pessoa, independente da classe social, tenha a saúde excelente. Não só pelo sobe e desce constante dos termômetros, mas pelo maldito ar condicionado. Esse simulador de temperaturas até é útil, principalmente no verão, mas as pessoas parecem que não sabem usar. Em qualquer prédio, ele está sempre no máximo, nos fazendo perceber instantaneamente a mudança brusca de temperatura. É comum ver na rua pessoas carregando casacos quentes em fevereiro, em razão de trabalharem em locais que tem ar condicionado. E que os deixam ligado sempre na temperatura mais baixa que o aparelho oferece.

Como uma reportagem pode afirmar que as pessoas ficam bem humoradas com o calor se elas fogem dele? Ou as pessoas gostam de ter mau humor, ou elas não suportam o calor. Fico com a segunda opção, pois podemos ver isso em janeiro e fevereiro, quando os porto alegrenses, em massa, migram para o litoral buscando temperaturas menos altas. Quando estão na cidade, reclamam sem parar do calor insuportável que não os dá ânimo nem para trabalhar. Os meses passam e o inverno chega. A reclamação continua. O frio é ruim, sentem saudade do verão, quando calor os deixava mais alegres. Pois bem, o verão volta, mas o bom humor não. A reclamação continua porque está calor e, afinal, o inverno que é bom.

O pico da discussão sobre o tempo, no entanto, é encontrada no verão. Como dito anteriormente, nas sextas de janeiro, a free-way fica entupida de moradores de Porto Alegre e região que vão para a praia. Dizem que saem da cidade para fugir do calor escaldante que derrete o cérebro de muita gente. Mas, incrivelmente, incrivelmente, quando chegam na praia e o tempo não está bom, o mau humor volta. Sem contar aqueles que perdem o bom humor na estrada congestionada. Mas, me responda quem puder: se vão para o litoral porque lá é menos quente que aqui, porque então ficam enfurecidos quando chove e fica frio? Não era o que queriam, ausência do calor? Não. O que querem é praticar o esporte preferido da população: a arte de reclamar. É incrível como as pessoas gostam de achar que o bom não está bom. E pior, essas pessoas não gostam, inclusive, dos bem humorados. Posso até não ser fã do verão, mas não reclamo. Não reclamo porque as pessoas a minha volta não mudarão o clima. Mas tenho que admitir que estou incluso no grupo de reclamões. Afinal, o que fiz nestas linhas se não reclamar de quem reclama? Fico mau humorado com o excesso de mau humor.

Da minha parte, chega de bobagem. Ponto.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Farsa das indulgências

Comprovado: Sudário é uma fraude


O pano de linho que teria coberto Jesus Cristo depois de sua morte, chamado de Santo Sudário, não passa de uma falsificação produzida na idade média. Quem comprovou o fato foi a Comissão para Investigação de Alegações de Paranormalidade após reproduzir a técnica utilizada na época da fraude. Um tecido envelhecido artificialmente foi colocado sobre um estudante tingido por um pigmento comum na era medieval.
– O resultado obtido indica claramente que isso poderia ser feito com o uso de materiais baratos e um procedimento simples – disse o cientista italiano Luigi Garlaschelli, professor de Química da Universidade de Pavia.

Em 1988, estudos comprovaram que a suposta mortalha de Cristo datava dos séculos 13 ou 14, aproximadamente 1 200 anos depois da sua morte. A peça apareceu pela primeira vez em 1360, apresentada por um cavaleiro francês. De propriedade do Vaticano, é mantida na catedral de Turim e raramente exposta ao público. Oficialmente, a Igreja Católica não afirma nem nega a autenticidade da relíquia.

Fonte: ZH

Hermanos

Tango é declarado patrimônio da humanidade

A bailar. Depois da triste notícia da morte de Mercedes Sosa, o argentinos tem o que comemorar: O tango foi declarado como Patrimônio Cultural da Humanidade, pela Unesco. O anúncio foi dado durante a Quarta Reunião de Peritos do Comitê Intergovernamental, nos Emirados Árabes.
- É um reconhecimento e um compromisso para seguir fomentando a difusão do tango – afirmou o ministro de Cultura da Argentina, Hernán Lombardi.

A candidatura do tango para estar incluída na lista das manifestações culturais do mundo foi apresentada em conjunto por Buenos Aires e Montevidéu. Em junho, um órgão de peritos da Unesco recomendou incluir entre os patrimônios culturais da humanidade 76 expressões como danças, rituais e costumes propostos por todos os países do mundo.


Fonte: El Clarín

sábado, 3 de outubro de 2009

Curiosidades: Instituições bancárias

Banco Templário

As primeiras instituições bancárias de que se tem notícia foram cridas pelos cavaleiros templários. Durantes as cruzadas, os homens que partiam para a Terra Santa, seja para lutar ou em peregrinação, tinham dificuldades de transportar seu dinheiro durante a viagem. Além do risco de assaltos, as moedas eram pesadas.

Para solucionar esse problema, os participantes da Ordem do Templo guardavam o dinheiro dos indivíduos mediante o pagamento de uma determinada quantia. Os viajantes recebiam um título que permitia a retirada do dinheiro em qualquer posto templário, desde a França até Jerusalém. Os cavaleiros também emprestavam dinheiro a juros.

Opinião: Jango

História de um presidente

A inauguração do Memória João Goulart na última quinta, 1°, foi importantíssima para a cultura gaúcha. Depois de perder o acervo do escritor Erico Verissimo para o Rio de Janeiro e ameaçado de perder o de Mário Quintana, o Rio Grande do Sul ganhou um novo espaço dedicado ao resgate da história. A casa que morou o ex-presidente Jango, em São Borja, conta, segundo os jornais, com um acervo singelo ainda, mas suficiente para ilustrar sua vida desde antes da presidência até a morte, no exílio. O resgate da memória de Jango é essencial para que a nova geração saiba da sua importância histórica para o Rio Grande e o Brasil. Também é um recurso dinâmico que possibilita a população conhecer a história sem se deter somente nos livros.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Centro histórico

Mercado faz 140 anos
O Marcado Público, que vai comemorar 140 anos amanhã, 3, não nasceu com a aparência que todos conhecem. Na inauguração, em 1869, o prédio possuía apenas um pavimento (clique aqui para ver a foto). Abrigou, durante esse período, o comércio de abastecimento de Porto Alegre. O crescimento na demanda levou a construção de chalés internos para abrigar mais vendedores.

Em 1912, um incêndio destruiu os chalés internos. Então foi dado início às obras de construção do segundo piso, concluído e inaugurado em 1915. O espaço abrigou escritórios e repartições públicas.

Mais tarde, sofreu ligeiras reformas e até correu risco de ser destruído. Foi tombado como patrimônio histórico da cidade em 1979, mas a revitalização só veio alguns anos depois. Em 1990, começou a recuperação que contou com a instalação da cobertura interna, escadas rolantes, melhora na infraestrutura e restauração estética. A inauguração aconteceu em 1997.

Com a última reforma, o Marcado teve uma significativa melhora no que se refere ao saneamento. Antes, a população reclamava, principalmente, do mau cheiro oriundo dos peixes expostos. Hoje, o local é ponto de passeio, com bares, restaurantes, lojas, feiras, exposições e as clássicas bancas de alimentos.

Para ver fotos do Mercado atual, clique aqui.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Lincoln e Kennedy

Coincidências entre presidentes


Recebi um imeil hoje muito interessante. A mensagem apresentava um rol de coincidências entre os ex-presidentes norte-americanos Abraham Lincoln (esq.) e John Fitzgerard Kennedy (dir.). No texto original, o autor (desconhecido) foi sensacionalista ao extremo, o que procurei eliminar. Eis, a seguir, aquilo que a história dos dois presidentes mais notáveis dos Estados Unidos tinha em comum.

Lincoln foi eleito para o Congresso em 1846.
Kennedy foi eleito para o Congresso em 1946.

Lincoln foi eleito presidente em 1860.
Kennedy foi eleito presidente em 1960.

Ambos se preocupavam muito com os direitos civis.
Ambos os presidentes foram assassinados numa sexta-feira.
Ambos os presidentes levaram um tiro na cabeça.

O secretário de Lincoln chamava-se Kennedy,
o secretário de Kennedy chamava-se Lincoln.

Ambos foram assassinados por alguém dos estados do sul.
Ambos os presidentes foram sucedidos por um homem do sul chamado Johnson.

Andrew Johnson, que sucedeu a Lincoln, nasceu em 1808.
Lyndon Johnson, que sucedeu a Kennedy, nasceu em 1908.

John Wilkes Booth, que assassinou Lincoln, nasceu em 1839.
Lee Harvey Oswald, que assassinou Kennedy, nasceu em 1939.

Lincoln foi assassinado num teatro chamado "Ford"
Kennedy foi assassinado num carro da marca Lincoln, feito pela "Ford"

Lincoln foi assassinado em um teatro e o seu assassino correu para um armazém para se esconder.
Kennedy foi assassinado a partir de um armazém e o seu assassino fugiu para um teatro para se esconder.

E aqui, segundo o autor, a cereja no topo do bolo….

Uma semana antes de ser assassinado, Lincoln esteve em Monroe.
Uma semana antes de ser assassinado, Kennedy esteve com Marilyn Monroe.