Confira, nesta série, a história daquelas pessoas que emprestaram seu nome para batizar as ruas do centro de Porto Alegre.
Antônio Siqueira Campos foi um militar e político que participou de diversas revoltas contra os governos da “República do Café-com-leite”. Nascido em Rio Claro (SP), em 1898, o tenente agregou em sua biografia, como feito principal, a presença na Revolta dos 18 do Forte de Copacabana. A participação de Siqueira Campos, e outros militares dissidentes de exército brasileiro, no movimento tenentista culminou com o conflito que pôs em combate 18 revoltosos contra três mil homens das forças do governo. Siqueira Campos e Eduardo Gomes foram os únicos sobreviventes da batalha.
Nos anos seguintes, submetido ao seu espírito de luta, o tenente participou do Levante de São Borja, em 1924, da Coluna Prestes, de 1924 à 1927, e ensaiou os primeiros passos do movimento que resultou na Revolução de 1930.
Nesse ano, ao saber que Luís Carlos Prestes lançaria um manifesto comunista, Siqueira Campos viajou a Buenos Aires, onde tentou convencer o chefe a mudar de ideia para não dividir os esforços revolucionários. Na viagem de volta, em 10 de maio de 1930, o avião que o trazia de volta ao Brasil, caiu no rio da Prata, colocando um ponto final na vida desse herói da pátria.
Siqueira Campos morreu sem ver o desfecho da revolução que derrubou o governo que tanto combateu. “À Pátria tudo se deve dar, sem nada exigir em troca, nem mesmo compreensão”, afirmava.
Fontes:
Guia Histórico de Porto Alegre, Sérgio da Costa Franco, Editora Ufrgs
pt.wikipedia.com
siqueiracampos.pr.gov.br
Foto: CPDOC/Fundação
Getúlio Vargas (cpdoc.fgv.br)
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