sexta-feira, 30 de março de 2012

General Auto

Ruas de Porto Alegre: nomes e personagens VI
Confira, nesta série, a história daquelas pessoas que emprestaram seu nome para batizar as ruas do centro de Porto Alegre

General José Auto da Silva Guimarães, o Barão de Jaguarão, principiou sua atuação no campo de batalha aos 17 anos, na Revolução Farroupilha. Seguiu a carreira militar, tendo participado da Guerra contra Rosas, Guerra contra Aguirre e Guerra do Paraguai. Também foi comandante de armas do Rio Grande do Sul.

Nascido em Porto Alegre, em 1819, Auto era descendente, por parte de mãe, de Rafael Pinto Bandeira. Além do título de barão, foi condecorado com a grã-cruz da Ordem de São Bento de Ávis, dignitário da Ordem do Cruzeiro, grande-dignitário da Ordem da Rosa e comendador da Ordem de Cristo. Morreu no Rio, em 1880.

Próximos da série:

  VII - Andrade Neves
VIII - Gen.Portinho
    IX - Carlos Chagas

quarta-feira, 28 de março de 2012

João Pessoa

Ruas de Porto Alegre: nomes e personagens V
Confira, nesta série, a história daquelas pessoas que emprestaram seu nome para batizar as ruas do centro de Porto Alegre


Seu assassinato foi determinante para estourar a Revolução de 1930. A indicação de um candidato paulista pelo presidente Washington Luiz à sua sucessão gerou incomodo em parte dos aliados do governo, principalmente Minas Gerais. O líder mineiro Antônio Carlos articulou com o Rio Grande do Sul e Getúlio Vargas foi lançado como candidato oposicionista. O governador da Paraíba, João Pessoa, que havia negado apoio ao candidato do governo, foi o vice na chapa oposicionista. Numa eleição considerada fraudulenta, os dissidentes perderam.

As hostilidades, todavia, continuaram. No nordeste, João Pessoa combatia os oligarcas e entre seus desafetos estava o jornalista João Dantas. Em 29 de julho daquele ano, João Pessoa morreu ao ser baleado por Dantas dentro de uma confeitaria de Recife. Não lutaria nem veria a revolução triunfar, mas seu nome entrou para história estreitamente ligado ao levante de 1930.

João Pessoa Cavalcante de Albuquerque era sobrinho do ex-presidente Eptácio Pessoa. Formado em Direito pela Faculdade do Recife, em 1904, foi ministro do Superior Tribunal Militar antes de governar a Paraíba.

Fonte: pt.wikipedia.org e cpdoc.fgv.br

Próximos da série:
    VI - Gen.Auto
  VII - Andrade Neves
VIII - Gen.Portinho

terça-feira, 27 de março de 2012

Cartografia

 Em busca do mapa perdido
Fragmento de mapa do Brasil de 1846.
O RS, na visão de Samuel Mitchell,com as
fronteiras diferentes do desenho atual.

As fronteiras do nosso estado no século 18 passaram por constantes modificações, em razão da disputa territorial de Portugal e Espanha. Para quem se interessa em conhecer algumas dessas demarcações registradas por antigos cartógrafos, está disponível na rede o Old Maps Online. Trate-se de um site de busca, que redireciona sua procura para as principais coleções de mapas online. Entre as coleções disponíveis está a riquíssima e variada coleção de mapas David Rumsey, onde é possível observar diversos desenhos cartográficos da América do Sul.

O mapa mais antigo da coleção
David Rimsey apresenta as
divisões e os brasões dos feudos
franceses e data de 1690.
Detalhe de mapa de região em 1886.
O RS, por Samuel Mitchell Jr, com o
desenho mais próximo do atual.

As imagens foram retiradas do site 
http://www.davidrumsey.com/

segunda-feira, 26 de março de 2012

240 anos de história

Em comparação com uma pessoa, 240 anos parecem muito. Por outro lado, se comparar com cidades do velho mundo e até algumas brasileiras mesmo, Porto Alegre é jovem. 


Abaixo, uma síntese daquilo que foi a cidade antes de chagar aos 240 anos.


Cultura
Cinemas. Embora o Teatro São Pedro represente o glamour, as livrarias do Globo e Americana a intelectualidade, e as bandas de rock dos anos 80 a rebeldia, foram as telonas que aproximaram o grande público da cultura. O Polo dos cinemas era na Rua da Praia, mas o Cine Capitólio merece grande destaque na cena cultura porto alegrense.


Política
O Partido dos Trabalhadores permaneceram um período longo na administração municipal; Getúlio Vargas e Leonel Brizola foram ídolos locais; O castilhismo - positivismo à gaúcha - foi, todavia, soberano na cidade entre 1897 a 1930. O Paço Municipal foi construído na administração de José Montaury.


Economia
Com a chegada dos Shoppings, os grandes centros comerciais da cidade migraram para os bairros. Mas a Rua da Praia, antes mais elitizada, hoje mais popular, sempre foi o grande centro de compras dos porto alegrenses, com variedade de lojas de diversos segmentos.


Esporte
A rivalidade Gre-Nal é incontestavelmente a maior representação do esporte em Porto Alegre. O turfe teve seus anos de ouro, mas visto como um esporte elitista, não pode competir com a massividade do futebol. Os títulos mundiais de Grêmio e Internacional não deixam espaço para outro esporte nos corações porto alegrenses.


Gastronomia
O churrasco até pode apetecer o porto alegrense, mas divide a preferência com outros pratos também. A Matheus, o Naval, o Gambrinus, a Rocco, entre outros, tem lugar garantido na história da cidade. O cafezinho, entretanto, sempre foi indispensável para o porto alegrense e o símbolo desse gosto requintado é o Café Colombo, no Largo dos Medeiros.


Gen. João Manoel

 Ruas de Porto Alegre: nomes e personagens IV
Confira, nesta série, a história daquelas pessoas que emprestaram seu nome para batizar as ruas do centro de Porto Alegre.


Herói da Guerra do Paraguai (1864-1870), João Manoel Mena Barreto era filho ilegítimo reconhecido do General João de Deus Mena Barreto, o Visconde de São Gabriel. Nascido em Porto Alegre, em 1827, começou a carreira militar cedo, somando-se as forças imperiais na Revolução Farroupilha. Já como Capitão, participou das campanhas do Uruguai, contra Rosas e Oribe, onde, após a batalha de Paysandu, foi promovido a Coronel.

Na Guerra do Paraguai, João Manoel destacou-se – no comando do 1° batalhão de Voluntários da Pátria – por defender o território do Rio Grande do Sul, quando a região de São Borja foi invadida pelas forças de 
Solano Lopez
. Em 1869, foi alçado a brigadeiro e comandava a 1ª divisão de cavalaria, quando foi atingido por uma bala durante a Batalha de Peribebuí. O ferimento ocasionou
sua morte e revolta na corte brasileira.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Júlio de Castilhos

Ruas de Porto Alegre: nomes e personagens III
Confira, nesta série, a história daquelas pessoas que emprestaram seu nome para batizar as ruas do centro de Porto Alegre.

Idealizador da corrente polítca castilhista, Júlio Prates de Castilhos (nascido em 1860, em Cruz Alta) assegurou a continuidade do seu pensamento como diretriz da política gaúcha muito além do seu mandato de governador (1893-1898). A partir das ideias influenciadas pelo Positivismo, fez sucessores notáveis como Borges de Medeiros e Getúlio Vargas.

Formado em Direito, o líder do Partido Republicano Rio-Grandense dedicou-se ao jornalismo. Trabalhou n’A Federação, jornal republicano, que foi diretor de 1884 à 1889. Mas sua principal atividade era a política. Em 1891 foi eleito para a Assembleia que elaborou a primeira constituição da república. No mesmo ano, elegeu-se presidente do Estado do Rio Grando do Sul, sendo deposto quatro meses depois, com a queda do Marechal Deodoro da Fonseca da presidência.

Castilho voltou ao poder do Estado após nova eleição, em 1893, quando teve que conter a Revolução Federalista. A revolta foi liderada pelo liberal Gaspar Silveira Martins, seu principal opositor, e resultou na morte de aproximadamente dez mil pessoas.

Em 1898 entregou o cargo à Borges de Medeiros, seguidor fiel do Castilhismo. Sua saída do governo não significou o afastamento do poder. Por meio do partido, continuou liderando o Estado até sua morte, em 1903. Vítima de cancer de laringe, não resistiu a cirurgia realizada para retirar o tumor.

Fontes:
Guia Histórico de Porto Alegre, de Sérgio da Costa Franco, Editora Ufrgs
pt.wikipedia.org



Próximos da série: 
IV - Gen. João Manoel
  V - João Pessoa
VI - Gen. Auto

quarta-feira, 21 de março de 2012

Siqueira Campos

Ruas de Porto Alegre: nomes e personagens II
Confira, nesta série, a história daquelas pessoas que emprestaram seu nome para batizar as ruas do centro de Porto Alegre.

Antônio Siqueira Campos foi um militar e político que participou de diversas revoltas contra os governos da “República do Café-com-leite”. Nascido em Rio Claro (SP), em 1898, o tenente agregou em sua biografia, como feito principal, a presença na Revolta dos 18 do Forte de Copacabana. A participação de Siqueira Campos, e outros militares dissidentes de exército brasileiro, no movimento tenentista culminou com o conflito que pôs em combate 18 revoltosos contra três mil homens das forças do governo. Siqueira Campos e Eduardo Gomes foram os únicos sobreviventes da batalha.

Nos anos seguintes, submetido ao seu espírito de luta, o tenente participou do Levante de São Borja, em 1924, da Coluna Prestes, de 1924 à 1927, e ensaiou os primeiros passos do movimento que resultou na Revolução de 1930.

Nesse ano, ao saber que Luís Carlos Prestes lançaria um manifesto comunista, Siqueira Campos viajou a Buenos Aires, onde tentou convencer o chefe a mudar de ideia para não dividir os esforços revolucionários. Na viagem de volta, em 10 de maio de 1930, o avião que o trazia de volta ao Brasil, caiu no rio da Prata, colocando um ponto final na vida desse herói da pátria.

Siqueira Campos morreu sem ver o desfecho da revolução que derrubou o governo que tanto combateu. “À Pátria tudo se deve dar, sem nada exigir em troca, nem mesmo compreensão”, afirmava.

Fontes:
Guia Histórico de Porto Alegre, Sérgio da Costa Franco, Editora Ufrgs
pt.wikipedia.com
siqueiracampos.pr.gov.br

Foto: CPDOC/Fundação Getúlio Vargas (cpdoc.fgv.br)

segunda-feira, 19 de março de 2012

José Montaury

Ruas de Porto Alegre: nomes e personagens I
Confira, nesta série, a história daquelas pessoas que emprestaram seu nome para batizar as ruas do centro de Porto Alegre.


José Montaury de Aguiar Leitão foi intendente (cargo que equivale ao de prefeito) de Porto Alegre entre os anos de 1897 a 1924. Nascido em Niterói (RJ), em 1858, o engenheiro civil veio para o Rio Grande do Sul a serviço da Comissão de Terras e Estabelecimento de Imigrantes, trabalhando no interior. A convite de Júlio de Castilhos, Montaury candidatou-se, pelo Partido Republicano Rio-Grandense, à Intendência Municipal, em 1896. Na ocasião, foi o primeiro mandatário porto alegrense eleito pelo voto direto, assumindo o cargo no ano seguinte. Foi reeleito por mais seis vezes, sendo que em apenas duas vezes enfrentou opositores.

Solteiro e sem filhos, Montaury era conhecido pela sua honra e modéstia. Homem reservado, não freqüentava festas que não fossem as cerimônias oficiais. Seu verdadeiro prazer era o turf. Ainda dedicava atenção a leitura da doutrina positivista de Auguste Comte.

Apesar da seriedade na administração, era cobrado pela falta de iniciativas para o desenvolvimento da cidade durante o longo período que governou Porto Alegre. Entre seus feitos, destacam-se a implantação da rede de esgostos e do serviço de primeiros-socorros. Além da melhoria dos transportes, comunicação e iluminação.

Após deixar a Intendência Municipal, trabalhou como engenheiro para empresas privadas. Morreu em 1939.
Fontes:
Guia Histórico de Porto Alegre, de Sérgio da Costa Franco, Editora da UFRGS
pt.wikipédia.com

sexta-feira, 16 de março de 2012

Ruas de Porto Alegre


Você sabe quem foi José Montaury, Alberto Bins ou Fernando Machado? Não? E Borges de Medeiros?




Em algumas placas com a denominação das ruas de Porto Alegre há uma pequena inscrição informando quem foi aquele que dá nome à via. Entretanto, muitos dos caminhos pelos quais passamos todos os dias foram batizados com o nome de personagens da história que pouco conhecemos. Muitas vezes, no pensamento do povo, o nome está muito mais ligado à rua do que a própria pessoa. E para esclarecer quem foram esses homenageados nos logradouros, começo a publicar segunda, 19, uma série de textos que conta um pouco sobre quem foram essas pessoas e o que elas fizeram. Afinal, quem nunca, ao passar pela rua, ficou pensando "quem será que foi esse Doutor Flores, para que seu nome acabasse gravado nessa placa azul da esquina?", ou "De onde tiraram esse tal de Sepúlveda para colocar como nome de rua?".


Os primeiros da série são:
  I - José Montaury
 II - Siqueira Campos 
III - Júlio de Castilhos

quinta-feira, 15 de março de 2012

O Intendente Eterno

Há 113 anos, em Porto Alegre...

José Montaury tomava posse como intendente de Porto Alegre. Foi o chefe do executivo porto alegrense que por mais tempo permaneceu no Paço. Seu mandato, que começou em 15 de março de 1897, durou 27 anos. Seu sucessor, Otávio Rocha,  assumiu a Intendência em 1924.


Uma brevíssima biografia de Montaury está disponível neste blog. O Intendente Eterno.