Confira, nesta série, a história daquelas pessoas que emprestaram seu nome para batizar as ruas do centro de Porto Alegre
Jango seria presidente. Seu cunhado o queria. Os militares não.
Quem venceu? Os dois. Primeiro, Brizola garantiu sua posse. Depois, os
militares o sacaram do poder. Chegaria Jango ao posto de mais prestígio da
nação se Brizola não o tivesse ajudado? Como seria o Brasil caso não houvesse o
golpe de 1964? Essas são perguntas que só o período mais emblemático da
história nacional proporciona.
Nascido em São Borja, em 1919, João Belchior Marques Goulart, o
Jango, era formado em Direito. Ingressou na política por incentivo de Getúlio
Vargas e em 1947 foi eleito deputado estadual. Em 1950 ganhou voto para uma
cadeira na Câmara Federal, mas logo assumiu o Ministério do Trabalho do governo
de Vargas. Nas eleições de 1955 candidatou-se vice presidente e terminou o
pleito com maior votação que o próprio presidente eleito (na época as votações
para presidente e vice eram separadas), Juscelino Kubitschek. Elegeu-se
novamente em 1960, dessa vez como vice de Jânio Quadros. Aí que a sua história
mudou.
Goulart estava em viajem a China (à época sob regime comunista), quando o titular Jânio abandonou o barco. Os militares, julgando o vice “comunista”, não queriam perder a oportunidade de tomar o poder, ainda mais com os discursos oposicionistas do jornalista Carlos Lacerda. O governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola (casado com a irmã do Jango) mobilizou o sociedade gaúcha e brasileira para garantir a posse de Goulart. O vice assumiu e permaneceu por três anos no cargo, quando os militares não falharam na tentativa de golpe. Instalado o novo regime, Jango exilou-se na Argentina, onde morreu em 1976.
Próximos da série:
XIX - Coronel Genuíno
XX - Mauá
XXI - Gen. Lima e Silva
Um comentário:
Tenho acompanhado a série das ruas de Porto Alegre. Muito interessante. É só das ruas do Centro ou de toda cidade?
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