sexta-feira, 27 de abril de 2012

Presidente João Goulart

Ruas de Porto Alegre: nomes e personagens XVIII
Confira, nesta série, a história daquelas pessoas que emprestaram seu nome para batizar as ruas do centro de Porto Alegre


Jango seria presidente. Seu cunhado o queria. Os militares não. Quem venceu? Os dois. Primeiro, Brizola garantiu sua posse. Depois, os militares o sacaram do poder. Chegaria Jango ao posto de mais prestígio da nação se Brizola não o tivesse ajudado? Como seria o Brasil caso não houvesse o golpe de 1964? Essas são perguntas que só o período mais emblemático da história nacional proporciona.

Nascido em São Borja, em 1919, João Belchior Marques Goulart, o Jango, era formado em Direito. Ingressou na política por incentivo de Getúlio Vargas e em 1947 foi eleito deputado estadual. Em 1950 ganhou voto para uma cadeira na Câmara Federal, mas logo assumiu o Ministério do Trabalho do governo de Vargas. Nas eleições de 1955 candidatou-se vice presidente e terminou o pleito com maior votação que o próprio presidente eleito (na época as votações para presidente e vice eram separadas), Juscelino Kubitschek. Elegeu-se novamente em 1960, dessa vez como vice de Jânio Quadros. Aí que a sua história mudou.

Goulart estava em viajem a China (à época sob regime comunista), quando o titular Jânio abandonou o barco. Os militares, julgando o vice “comunista”, não queriam perder a oportunidade de tomar o poder, ainda mais com os discursos oposicionistas do jornalista Carlos Lacerda. O governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola (casado com a irmã do Jango) mobilizou o sociedade gaúcha e brasileira para garantir a posse de Goulart. O vice assumiu e permaneceu  por três anos no cargo, quando os militares não falharam na tentativa de golpe. Instalado o novo regime, Jango exilou-se na Argentina, onde morreu em 1976.


Próximos da série:
     XIX - Coronel Genuíno
       XX - Mauá
     XXI - Gen. Lima e Silva

Um comentário:

L. Felipe disse...

Tenho acompanhado a série das ruas de Porto Alegre. Muito interessante. É só das ruas do Centro ou de toda cidade?